Autor: fredcominato

Palavra do Comandante – Meu Primeiro Exército

Uma das experiências mais divertidas do formato commander é o desenvolvimento de decks. Eu costumo trabalhar em listas das mais diversas lendas, sob os mais diversos pontos de vista, somente pela graça de encontrar cartas esquecidas no passado do Magic que poderiam mitar com os companheiros certos. Então vou montar um guia para montagem de deck!

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1º PASSO – O COMANDANTE

Na maioria dos projetos, o pontapé inicial é o mais difícil, a partir daí as coisas vão se desenrolando. Para montagem de decks não é diferente. Se eu fosse apontar o pontapé inicial para o commander, eu diria que é a escolha do seu general.

Você pode ter na sua cabeça as cores que você quer jogar, entrar na busca avançada do magiccards.info, digitar ‘criatura lendária’, as cores e escolher sua lenda. Pode ter uma ideia da estratégia que quer seguir e pesquisar lendas que podem te auxiliar. Pode ter já um general em mente que você goste como criatura lendária. Qualquer motivação vale, mas lembre-se que esse infeliz é o único cara que com certeza estará lá te ajudando todo santo jogo, então escolha sabiamente.

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Alguns exemplos de comandantes com diferentes finalidades

Existem algumas lendas voltadas para geração de recursos. Em alguns decks, têm-se dificuldade de manter o gás, especialmente se tratando de mesão e cada um com 40 pontos de vida. Portanto, como a única criatura garantida, podendo ser reutilizada, você pode optar por alguém que vá te reabastecer, por exemplo a Wort. Outras lendas, são voltadas pra ser uma peça chave do funcionamento e sinergia do deck, provendo habilidades específicas pra se tirar vantagem, ou mesmo sendo a base pro deck como um todo, por exemplo o Animar. Algumas ainda são a condição de vitória principal do deck, e o funcionamento dele é apenas para dar cobertura e abrir caminho, já que o general só precisa causar 21 pontos de dano (conhecido popularmente como Voltron – uma série japonesa em que vários robozinhos se montavam em um único grande robô), por exemplo o Skithiryx (que no caso é pior ainda, já que só precisa causar 10). Por fim, alguns decks usam suas lendas apenas para garantir o prisma de opções da cor e ser um plano B caso o deck esteja em apuros, por exemplo o Progenitus. Lembrando que estou apenas apontando o uso mais comum, você pode fazer voltron com Progenitus ou usar o Skithiryx de alternativa.

 

2º PASSO – A TÁTICA DE COMBATE

Esse segundo passo, pode ser o primeiro, conforme eu disse antes. Por exemplo, eu gosto de marcadores +1/+1, vou procurar um general que me ajude, e ver o que é possível nas cores dele. Mas na linha que eu sugeri, com o seu general em mãos, o que você quer que o deck faça? Quer fazer o deck voltron? Coloque bastante equipamento, coisas para protegê-lo, quem sabe alguns tutores caso ele seja jogado no meio do seu deck, aceleração de mana para ele entrar o mais cedo possível etc. Quer usar alguma estratégia específica que o seu comandante possibilita? Pense no que você precisa preparar antes dele entrar, o que você vai precisar fazer depois, qual a melhor maneira de garantir que seu plano ocorra sem interrupções. Quer montar seu deck independente do seu comandante? Quer ganhar combando? Quer matar todos antes que eles tenham a chance de jogar qualquer coisa? Quer prender a todos pra que você seja o único da mesa que consiga jogar suas cartas?

A liberdade é sua, mas é bom ter em mente o que você quer, senão fica complicado de encontrar as cartas certas. Com o leque de somente todas as cartas da história do jogo, é fácil se perder e o deck ficar sem propósito.

My precious, MY PRECIOUS!

 

3º PASSO – A ESCOLHA DAS ARMAS

Já sei quem será meu general, já sei o que eu quero do meu deck. Mas eu preciso de 99 cartas diferentes, como vou achar as melhores opções?

Geralmente, o que eu faço é procurar listas na internet. Existem sites como o tcgplayer, o tappedout e o mtgtop8 (específico para o francês), em que vários jogadores divulgam suas listas, pedindo sugestões e dicas. Você pode procurar pelas listas já postadas, ver as cartas que ele pensou, ver as que se encaixam com o que você tem em mente e ir anotando. Ou pode postar você mesmo sua concepção de lista e pedir ajuda. Lembre-se de jogar no google o nome do seu comandante e ‘commander’ ou ‘edh’, que encontrará vários sites diferentes tratando sobre listas e ideias. Alternativamente, você pode ir na busca do magiccards e ir buscando pelo texto as opções específicas pra cada função que você quer suprida no seu deck, por exemplo, buscar ‘destroy’ e ‘artifact’ nas cores do seu general para analisar suas opções.

Como o commander tem uma lista de banidas curta, e a requisição de poder é bem relativa, várias cartas que nunca viram jogo outrora podem ser exatamente o que você precisa. Você vai se deparar em vários momentos com coisas que nunca viu nem ouviu falar, ou mesmo coisas que você olha e pensa não ser jogável. Mas os pontos de vida maiores e a presença de vários jogadores abrem liberdades que não existem em nenhum outro formato. Desenterre suas pastas e caixas abandonadas e comece a cavar.

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4º PASSO – AFINANDO E AFIANDO

Como jogador de magic, você deve saber a dificuldade envolvida na montagem de decks. Às vezes, você idealiza algo e não consegue cumprir, às vezes não existem cartas no jogo que façam o que você gostaria. Não tem muita solução pra esse tipo de problema, você vai ter que se aventurar e arriscar. Eu recomendo sua primeira lista ser apenas com coisas que você já tenha, ou compre um pré-montado de commander e ajuste com a sua pasta. Veja como o deck se comporta, o que falta, o que não funciona. Aí pesquise novamente opções, peça sugestões. Como em qualquer outro formato, quem tem mais prática tem uma noção maior das cartas que funcionam e as cartas que parecem bonitas, mas não entregam o que prometem.

Você pode acabar mudando de ideia quanto à estratégia porque ela é inviável num mesão, ou num embate com mais pontos de vida. Pode se desapontar com a sua lenda favorita, pode encontrar algo novo que lhe pareça mais divertido. Eu disse no meu último post, que um dos atrativos era poder montar um deck para a eternidade, então pense que seu trabalho não vai precisar ser desmontado na próxima rotação, você jamais perderá opções (exceto quando banirem algo), seu deck só evolui. Por ser um formato casual, não existe um metagame pra você focar, algo que você precise responder. No youtube você encontra vários vídeos de jogos no Magic Online, lá você pode analisar generais e cartas sem precisar correr muito.

Caso seu orçamento seja limitado, teste com proxies, se seus amigos não se importam, antes de comprar alguma coisa. Teste alternativas, nem sempre as cartas mais eficientes são as melhores no seu deck. Às vezes aquela carta com custo absurdo que você deu risada e cuspiu em cima quando abriu no booster é exatamente o que você quer e com 40 pontos de vida ela se tornou possível. Sempre vai ter aquele cara com um pseudo-vintage disfarçado de commander, mas num jogo multiplayer, o que ele ganha geralmente é montinho da galera. O foco do deck tem que ser se divertir!

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Sim meu amigo, você vai ter que se esforçar, mas take it easy e divirta-se acima de tudo!

Eu já montei e desmontei vários decks commander, recentemente eu comecei a pegar várias cartas que eu acho que tem uso no formato e mantenho-as guardadas, pra quando eu quiser montar algo diferente eu não perca muito tempo correndo atrás de tudo. Ainda estou à procura da minha criatura lendária ideal, embora tenha tido vários decks divertido e outros muito fortes, ainda não encontrei aquele que consegue equilibrar as duas coisas satisfatoriamente. Mas todo set tem lendas, e toda lenda são novos horizontes.

Fique atento à Palavra do Comandante, recentemente eu analisei as cartas no produto novo Conspiracy, conforme novos sets são lançados, darei minha opinião nas cartas pro formato. E eventualmente postarei minhas próprias listas de generais que eu gosto. Não perca!

Frederico Cominato

Palavra do Comandante – Novos Comandantes de Conspiracy

Finalmente, após analisarmos os reprints e os novos cards para o Commander; voltamos nossa atenção para as criaturas lendárias da coleção, que é a parte que todos aguardam com mais fervor. Novos horizontes, novas possibilidades, novos generais!

 

Muzzio, Arquiteto Visionário

A primeira coisa que verificamos num novo general é seu tamanho, se o deck vai poder focar nele ou se será apenas uma bomba recursiva. Muzzio é rápido, portanto seus decks podem focar nas suas habilidades sem problemas, especialmente no azul que é tranquilo dar cobertura pra ele enquanto ele trabalha. E que trabalho!

“3U, T: Olhe os X cards do topo do seu grimório, onde X é o custo de mana convertido mais alto dentre os artefatos que você controla. Você pode revelar um artefato dentre esses cards e colocá-lo no campo de batalha. Coloque o resto no fundo do seu grimório em qualquer ordem.”

O que pode ser mais divertido que botar máquinas gigantes no campo de graça? E quanto maior as máquinas que você tem, mais fácil de achar a próxima ameaça! Esse general promete ficar bem popular pelas possibilidades extremamente divertidas e poderosas ao mesmo tempo. Podemos usar artefatos com afinidade, que costumam custar mais mana e entrar facilmente no campo, como Myr Enforcer e Frogmite, e com eles achar bombas como Blightsteel Colossus, Darksteel Colossus, Memnarch, Spine of Ish Sah, as possibilidades são muitas! Sem contar que um mero Sensei’s Divining Top no campo já basta pra tornar o general poderoso, arrumando o topo com algum artefato pra que revelar 1 card seja o suficiente! Se for pra eleger um lar para ele, seria nas Ruínas da Academia! Pois é, Mindslaver, estou olhando pra você!

Marchesa, a Rosa Negra

Quanto mais cores, mais cartas divertidas temos à nossa disposição. Um general que tem escrito “sinergia” por ele todo, e melhor de tudo, sinergia com criaturas!! Marchesa é rápida e tem um corpo de respeito, além de carregar a nova habilidade introduzida em Conspiracy: Dethrone!

“Sempre que essa criatura atacar o jogador com mais vida ou empatado com a maior vida, coloque um marcador +1/+1 nela”

E ela dá isso pra todas as suas criaturas! Isso já permite muitas interações, como por exemplo Cauldron of Souls! Vou usar uma remoção em massa, minhas criaturas voltam com persistir, próximo turno vou atacar você, tirar os marcadores -1/-1 e repetir quantas vezes eu quiser! Mas a parte que chama atenção é a outra:

“Sempre que uma criatura que você controla com um marcador +1/+1 morre, retorne aquele card para o campo de batalha sobre seu controle no início da próxima fase final.”

Primeira coisa que vêm a cabeça, efeitos de etb (“enters the battlefield” ou, em português, “entra no campo de batalha”)! Você joga um Molten Primordial, pega uma criatura de cada oponente, ataca com todo mundo em quem tiver mais vida, a Marchesa vai dar marcadores +1/+1 pro time. Depois sacrifica todos para alguma outra carta (como por exemplo o Altar of Dementia que vem na coleção!), aí a segunda habilidade dela entra em ação, e advinha só, as criaturas do oponente voltam sob seu controle! Indefinidamente!! Sem contar que o Primordial volta de novo, permitindo que você pegue mais criaturas, mesmo que seja só pra sacrificá-las e tirá-las da mesa!

Não esqueça de procurar no seu lixão um Unspeakable Symbol! Toda vez que uma criatura sua morre, você pode perder 3 de vida e botar um marcador pra Marchesa salvá-la! Além de permitir que você baixe sua vida livremente e nunca ser o jogador com mais vida na hora de atacar alguém!!

 

Selvala, Exploradora Retornada

Quem acompanha Standard sabe que uma carta forte de custo 3 no verde é quase um drop 2 na maioria das vezes, que é a maior força do Domri Rade, por exemplo. Mesmo só podendo usar uma cópia de cada elfo de mana, ainda temos acesso a todos do jogo desde o começo, então é bem possível dela cair no 2 na grande maioria dos jogos! E o que ela vai fazer quando cair? Bem, ela vai te introduzir à outra nova habilidade de Conspiracy: Parley!

“T: Cada jogador revela o card do topo do seu grimório. Para cada card não terreno revelado dessa maneira, adiciona uma mana verde à sua reserva de mana e você ganha 1 ponto de vida. Depois cada jogador compra um card.”

Se você pensa que verde e branco significam fichas sempre, vai ter que rever seus conceitos, agora pode significar bombas caindo na sua cabeça! E bem cedo!! Quanto mais jogadores na mesa, mais mana, mais vida! E ainda vai abastecendo sua mão com novas ameaças, mesmo que dando draw pra todos, só você estará ganhando a mana pra jogar seus draws! Imagine abrir com algum Elfo de Llanowar ou similar no primeiro turno, fazer sua general no segundo, no terceiro você vai ter 3 terrenos, um elfo e mais a possibilidade de gerar uma mana pra cada jogador na mesa! Com um grupo de quatro pessoas que é o mais comum no Magic Online, por exemplo, se der sorte no Parley, você poderá ter até 8 manas no turno três!!! Terrastodon, Woodfall Primus, Liege of the Tangle, Vorinclex, muito fácil fazer seus oponentes tremerem!

 

Grenzo, Diretor do Calabouço

Primeiro, vamos dar uma olhada no seu corpo. Com custo de uma vermelha, uma preta e X, com o X podendo ser 0, ele pode cair no turno 2 como 2/2, ou mais tarde com um corpo maior. E o que ele fará por nós quando entrar?

“2: Coloque o card do fundo do seu grimório no seu cemitério. Se for uma criatura com poder menor ou igual ao poder de Grenzo, coloque no campo de batalha.”

O quê? Eu ouvi direito? Um general preto e vermelho que pega criaturas do meu deck e joga na mesa? Podemos jogar equipamentos como Cloak and Dagger para aumentar seu poder e o alcance da sua habilidade, assim como podemos colocar mais geração de mana para jogá-lo com um bom X e fazer com que qualquer criatura que ele ache, ele jogue pra nós.

Se você gosta de Goblins, pode fazer o deck tribal, que como os goblins são pequenos em sua maioria, ele não precisa crescer pra ser eficiente. Pode montar um tribal com Rogues, que é possível desde Morningtide. Ou então deixar de lado a tribalidade e tentar explorar criaturas que geram valor, como Avalanche Riders, Entomber Exarch, Nekrataal etc.

Será que tirar do fundo não torna difícil demais de manipular? Mais difícil que o topo sim, mas inviável não! Temos Junktroller, Conjurer’s Bauble, Reito Lantern (presente na coleção!), Soldevi Digger e Tel-Jilad Stylus. Além de podermos usar vidência pra jogar algo do topo pro fundo pro Grenzo achar!

Agora imagine usar Ashnod’s Altar, encontrar uma criatura, ela entra, faz seu efeito e você sacrifica pra achar a próxima!

 

Brago, Rei Eterno

Por fim, temos um general azul e branco. Quatro manas por um 2/4 com voar é um bom corpo, e a evasão permite que você coloque equipamentos no deck e tenha sempre a possibilidade de matar com o próprio comandante. Vamos ver então o que ele faz de diferente:

“Quando Brago causa dano de combate a um jogador, exile um número qualquer de permanentes não-terreno que você controla, depois retorne esses cards pro campo de batalha sob o controle de seus donos.”

Blinking, ou Flickering, é a expressão para remover algo do jogo e voltar, permitindo salvar de remoções quando em velocidade instantânea ou para reaproveitar efeitos de etb. Podemos então, renomeá-lo pra Brago, Rei do Blink! Com o seu voar, e a facilidade de entrar cedo no campo, é tranquilo encontrar algum oponente desprotegido pra dar o trigger do general. A partir daí, maneiras de tirar vantagem não faltam, desde pequenas coisas como Ichor Wellspring e Prophetic Prism, ou coisas grandes como Angel of Serenity e Sun Titan. Podemos somente atacar com tudo e blinkar tudo para que voltem desvirados para bloquear. Podemos até voltar nossos planinautas pra lealdade inicial quando estiverem fracos!

Todos os generais são ótimos e prometem botar a mente da galera pra funcionar, espero ver bastante deles nos mesões logo. Devo refletir um pouco sobre cada um deles e esboçar listas para postar mais tarde.

Pensando no commander 1×1 francês, acho que é possível ver Grenzo e Muzzio sendo experimentado, os outros parecem ser lentos demais ou menos poderosos com apenas dois jogadores, mas nunca se sabe, as vezes alguém encontra algum combo que ninguém mais viu e o general desponta.

 

PS: As traduções ficam por minha conta, pois o produto não terá versão em português.

Frederico Cominato

Palavra do Comandante – Novidades em Conspiracy para o Commander

A Wizards já descobriu que a grande força do jogo casual é o Commander e tem nos agraciado com novidades quase que específicas para o formato o tempo todo. Quando fiquei sabendo que Conspiracy era voltado ao multiplayer, sabia que não seria diferente. Vamos dar uma olhada nas possíveis novas armas e ameaças do formato!

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Council’s Judgment – Sempre temos alguma permanente que todos querem remover, e agora podemos decidir democraticamente. Com a vantagem de não poder pegar nada seu, podemos pegar inclusive mais de uma, se cada jogador disser uma diferente, todas terão um voto e todas serão exiladas! Pensando no 1×1, se seu oponente não votar na mesma coisa que você, vai ter que exilar outra permanente dele! Deve ver muito jogo!

Custodi Soulbinders – Parte de um ciclo muito interessante lançado pela coleção, quanto maior a mesa, maior ele entra. Isso o enfraquece bastante para jogos 1×1, mas mesmo assim, pode ver jogo. Uma possível bomba aliada a geração de ficha, decks de fichas agradecem.

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Academy Elite – Próximo do ciclo de criaturas com marcadores proporcionais ao tamanho da mesa, esse é bem mais fraco. Além de ser difícil que ele entre muito grande, ele não gera vantagem a menos que possa explorar seu cemitério com o descarte.

Plea for Power – O conselho pode decidir o que ele quiser, Concentrate ou Time Warp por uma azul e mais 3, aceito qualquer um. No 1×1 vira uma espécie de Browbeat melhorado, se quiser, pode dar a opção do oponente te dar um turno extra, se não quiser, basta votar por knowledge que não importará o voto dele.

Split Decision – Essa tem um caráter mais divertido que as outras, deixar que a mesa decida o que acontecerá com a mágica. Acaba ficando ruim de contar com ela pra se proteger, já que a mesa pode votar a favor de duplication e o máximo que você ganha é a oportunidade de se vingar. Como ela é bem barata, ambos os modos geralmente compensam, Counterspell ou Twincast. No 1×1, deve-se sempre olhar o que acontece com o empate, que é o efeito que é garantido, mas novamente podemos dar a oportunidade do oponente de anular invés de copiar, caso queiramos. Envolverá um jogo mental de blefe bem interessante.

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Bite of the Black Rose – Novamente, é difícil contar com votação pra se garantir, mas ambos os efeitos são legais em muitos momentos. Vejo a carta jogando mais pela diversão da politicagem envolvida com a mecânica, mas no 1×1, por exemplo, começa a ficar inviável.

Drakestown Forgotten – Esse é um pouco lento a princípio, especialmente porque sua habilidade só permite que remova um marcador por vez, mas em decks voltados ao late game e com geração de mana é interessante. No 1×1 não deve aparecer.

Reign of the Pit – Essa eu achei muito legal. Sangue dos Inocentes é sempre um efeito útil no mesão e botar um demônio voador gigante na sua mesa pra compensar o custo de 6 manas? Excelente!

Olha só a ficha!

Tyrant’s Choice – Outro efeito como o anterior, porém, se a mesa não quiser vai ter que pagar 4 pontos de vida. No Conspiracy onde todos tem 20, fica mais forte, no Commander não será lá tão impactante. Curioso como o empate, que é o resultado que você pode forçar no 1×1, é duas manas causa 4 de dano, será que não tem espaço no Legacy? Flame Rift joga…

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Grenzo’s Rebuttal – Deixar que cada jogador destrua uma permanente de outro é super divertido no mesão, e você ganha de brinde uma ficha grandona pra quem sabe tirar a atenção de outras coisas pra quem estiver à sua direita.

Ignition Team – Outro meio ruim. Sete manas é demais, e contar que o jogo a essa altura estará com todos usando seus terrenos ao máximo parece ruim. Transformar terrenos em criaturas tem várias utilidades, além de ser uma boa força de ataque, mas dificilmente compensa o resto.

Scourge of the Throne – Um dragão gigante voador que me dá fases de ataque adicional simplesmente por atacar? Não é à toa que é mítico, pode ver jogo absurdamente!

Treasonous Ogre – Transformar vida em mana não é um efeito muito comum e abre margem para várias possibilidades interessantes, além de ser um corpo de respeito. Vale o teste.

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Realm Seekers – Continuando com o ciclo, esse também está meio mal posicionado para entrar no late game, porém o verde pode acelerar mais facilmente, então não é difícil ele entrar com um corpo decente. Buscar terrenos é sempre legal, garantir os land drops e filtrar o deck, se você tem disponibilidade de mana como, por exemplo, uma Azusa, dá pra testar.

Predator’s Howl – Adorei que reaproveitaram o morbid, é uma habilidade bem legal. O fato de ser instantânea, praticamente garante o mordib, basta esperar um pouco que alguém eventualmente vai morrer antes do turno voltar pra você. Três lobos por quatro manas? Soa forte demais!

Selvala’s Charge – Parley parece uma habilidade excelente pro verde no mesão, permite você conseguir um pouco de informação dos oponentes, vai te dar um draw, e esse ainda pode povoar sua mesa com elefantes.

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Dack’s Duplicate – Clones são sempre bem-vindos quando oferecem algo extra. Muitas criaturas ficam bem mais fortes quando ganham ímpeto e muitas criaturas podem abusar dos marcadores que o dethrone pode colocar. Abrindo essas possibilidades pra tanto suas criaturas quanto do oponente, vai ver jogo em vários decks.

Deathreap Ritual – Como já disse, morbid no mesão é muito fácil, com essas cores ainda, você consegue forçar morbid em todos os turnos tranquilamente. Comprar um card a cada etapa final de todos os jogadores é um efeito monstruoso, nova staple fácil.

Marchesa’s Smuggler – Uma criatura rápida e com um efeito muito interessante. Dar ímpeto e não pode ser bloqueado pra bombas no late game podendo entrar no começo pra te proteger ou encaixar algum dano, graças ao dethrone, é o tipo de versatilidade que o commander adora.

Extract from Darkness – Usar criaturas dos outros jogadores contra eles é sempre divertido. Colocando duas do topo no cemitério aumentamos nossas possibilidades antes de fazer a escolha, podendo pegar inclusive do seu próprio.

Magister of Worth – O primeiro spoiler da coleção, dividiu os jogadores. As duas habilidades são muito drásticas e não ter controle sobre qual será a escolhida pode ser perigoso. Entretanto, no 1×1, você pode garantir que tudo seja destruído, tornando a carta muito forte.

Dack Fayden – Finalmente, o planinauta dos gibis ganhou uma carta. Ficamos meio tristes de não vê-lo no Standard e Modern, porém acreditamos que isso permitiria que ele fosse bem mais forte. No fim, ele ficou bom. Não diria que é um planinauta excelente, porque sua habilidade de subir contador não é muito bem-vinda em qualquer deck, deve ter cartas para explorá-la devidamente. Contudo, roubar um artefato pra sempre, é um efeito excelente no commander. Aliado a seu custo rápido, deve ser testado em todos os decks que puderem usá-lo. Seu ultimate não parece muito relevante, mas pode tornar o jogo complicado pros seus oponentes se você souber tirar vantagem.

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Coercive Portal – Os dois efeitos colocados em votação são opostos demais. Eu imagino que no mesão, você a jogue quando quiser explodir tudo, porque dificilmente o pessoal vai gostar de ficar te dando draws. Por outro lado, no 1×1, você pode garantir que vire um Howling Mine só pra você, por 4 manas. Como Staff of Nim já vê bastante jogo, essa aí deve ser testada por muitos.


 

Poucas cartas podemos dizer que serão presença certa no formato, mas muitas abrem novas possibilidades e serão testadas. No próximo Palavra do Comandante, vamos discutir as criaturas lendárias novas e suas possibilidades como comandantes!

Até lá!

Frederico Cominato

Palavra do Comandante – Conspiracy e seus reprints excelentes para o Commander

Jogadores de Standard e Modern não estão nem aí pra Conspiracy, jogadores de Legacy e Vintage sabem que dificilmente algo novo impactará o formato, então resta a nós, o público-alvo original do produto, mostrarmos nossa alegria – jogadores casuais.

Não especifiquei jogadores de Commander, porque dentro do casual também existem os fãs de limitado. Difícil imaginar torneios sérios com formato de draft de Conspiracy, então dá pra afirmar seguramente que é pra quem gosta de draftar.

Sem mais delongas, vamos começar com reprints legais no formato pra povoar o mercado:

 

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Anjos grandes sempre são opções legais de bombas pra decks brancos, anjos grandes e fortes só melhoram a situação. Pristine Angel é mais difícil de encaixar, mas Reya Dawnbringer é presença certa em vários decks, geralmente os que envolvem preto, por sua natureza reanimadora. Rout também não é a remoção em massa mais popular do formato, mas é um reprint válido, especialmente com a arte nova lindona com a Elesh Norn! Swords to Plowshares é staple do formato, uma das melhores remoções, provavelmente a melhor branca. Sempre bom aumentar a oferta de staples pra baixar o preço.

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Rout, Reya Dawnbringer, Pristine Angel e StP são alguns destaques que Conspiracy trará de volta às prateleiras

 

 

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Brainstorm! Uma das cartas mais fortes azuis do jogo inteiro! Entre as cartas mais usadas do Legacy no geral, também marca presença no pauper, e como qualquer carta forte, vê jogo em vários Commanders. Cantrips não são tão populares em decks voltados para mesão, mas para 1×1 competitivo geralmente são ótimas, especialmente quando combinados com fetch lands. Fact or Fiction também é popular e agora finalmente teremos acesso à versão foil com a imagem do Jace, vai valer bastante! Misdirection é outro reprint que fez a galera do Legacy estourar o champanhe, não é tão popular, mas quem estava evitando pelo preço, pode ter acesso melhor agora (e com uma arte nova muito louca!). O mesmo vale pra Stifle.

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Brainstorm, Fact or Fiction, Misdirection e Stile… Sabemos que você quer elas foil

 

 

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Ill-Goten Grains é um terror no mesão pra decks voltados a abusar do cemitério (que não são poucos!), e agora teremos foil new frame disponível!  O retorno da Phage também foi bem legal, embora ela infelizmente não possa assumir o papel de comandante, é uma win condition bem engraçada. Vampire Hexmage e Victimize são bem populares e estavam começando a ficar difíceis de encontrar, agradecemos.

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Ill-Gotten-Gains com novo frame, Phage e Vampire Hexmage além de Victimize com arte nova para os magos obscuros

 

 

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O temido Heartless Hidtsugu marca presença no set! Um comandante de respeito, também presente nas 99 de vários outros decks, abre margem pra muitas interações divertidas, quanto mais jogadores pra sofrer junto melhor! Podemos destacar também Sulfuric Vortex e Volcanic Fallout como reprints populares pra ajudar.

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Menos reprints notórios, mas com certeza um grande impacto com Hearhtless Hidetsugu, Sulfuric Vortex e Volcanic Fallout

 

 

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Exploration é outro amor que compartilhamos com os jogadores de Legacy, excelente em vários Commanders, quem sabe agora fique mais acessível ao pessoal mais casual. Gamekeeper, Hydra Omnivore, Nature’s Claim e Relic Crush são bem populares. Enquanto Sakura Tribe Elder e Terastodon são quase obrigatórios em várias listas.

Destaque especial pro Squirrel Nest! Embora Earthcraft ainda esteja difícil de conseguir, o ninho por si só é uma delícia de se usar e joga em vários decks.

 

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Se você joga de verde, deve estar sorrindo à toa agora. De quebra, Exploration, Nature’s Claim e Squirrel Nest trazem arte nova!

 

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Basandra está de volta. Sempre apreciamos reprints de cartas do próprio produto de commander, especialmente quando se trata de um potencial general. Decimate também é bem divertido, e o Commander é o formato ideal pra ele, já que com várias pessoas na mesa, é bem normal usá-lo no turno quatro mesmo pra obter valor total sem precisar quebrar nada seu. Edric é outro destaque, foi banido do 1×1 e ainda é extremamente forte no mesão, onde faz um papel mais político. Fires of Yavimaya, Dimir Doppleganger e Mortify são fortíssimos no formato, mas o melhor mesmo foi Mirari’s WakePernicious Deed, dois staples garantidos na massiva maioria das listas que podem incluí-los. Infelizmente dividimos a atenção do Deed com o pessoal do Legacy, mas ninguém ama remoções em massa mais que jogadores de commander.

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Pernicious Deed e Mirari’s Wake. Precisa de mais?

 

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Alguns outros cards bons em commander que voltaram foram Reflecting Pool, Altar of Dementia, Vedalken Orrery e Silent Arbiter.

 

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Reflection Pool, Altar of Dementia, Vedalken Orrery e Silent Arbiter figuram nos destaques incolores

 

No próximo post, trataremos as cartas inéditas que podem entrar no formato, mas acho que só com os reprints, já dá pra garantir a felicidade dos comandantes por aí que querem descontrair draftando Conspiracy!

 

 

Frederico Cominato